segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Diário de Campanha: Senhor dos Anéis D20 - parte 1

 Minas Tirith, Gondor, 3ª Era do Sol, ano de 3018.






O sol forte brilha por entre as nuvens. O barulho das cigarras é abafado pelas vozes dos feirantes. A cidade fervilha de pessoas nesse dia. Tendas coloridas vendem carne seca de auroque, peixe fresco do rio anduin e frutas de todos os sabores, alguns anões construtores oferecem seus serviços, e diversos outros disputam a atenção dos clientes. Muitos reclamam do preço, outros dos produtos, mas do que não reclamam é o número diminuto de pessoas que outrora vinham para cidade nos dias de feira. A guerra cobra seu tributo cruel entre as pessoas. Como o caçador de Rohan, Dernhelm do Forde Ocidental, que veio para Minas Tirith buscar uma nova sorte para sua família desde que sua fazenda foi queimada por bárbaros das montanhas. Mas nem todos chegam em Gondor na sombra da destruição, como o anão das colinas de ferro, Thain "Iron Punch", que busca novas aventuras entre os humanos, após concluir uma construção de um palácio. Esse é um dia de muitas oportunidades para esses aventureiros.

Thain procura na feira do primeiro círculo algo que possa acrescentar algumas moedas no bolso, até que em um quadro de aviso na taverna Corneta de Prata ele encontra o que procura. No segundo círculo, Dernhelm se dirige para o Clã de Caçadores de Gondor, esperando empregar suas habilidades de caçador de Trolls. Em meio a uma grande fila de guerreiros na frente da Guilda do Clã, o caçador espera sua vez para ser atendido, mas antes disso olha para trâs e vê que há um pequeno mestre guerreiro com a mesma petição de caçada que a sua! Thain retribui o olhar, sabendo que o humano possui o mesmo pedido de caça.
Dernhelm se dirige para atendente que carimba o selo do Clã na petição, autenticando ele para a caçada em nome do Clã, e instrui de como encontrar o contratante chamado Duilin, feirante do primeiro círculo. Thain ouve tudo, esperando somente pelo selo vermelho do Clã para sair. Thain não espera pelas explicaçãoes do atendente e sai nas ruas atrás do caçador. Temendo perder a caçada Thain grita que o Dernhelm é um servo de Sauron (1), mas sua voz não é ouvida por ninguém. "Percebi que o mundo é injusto", pensa o anão, se distanciando cada vez mais do cavaleiro.

O anão ao chegar no mercado se depara com Dernhelm conversando com um humano que correspondia com a descrição do contrante. O anão se aproxima de Duilin e pergunta:
- Você é Duilin?
- Sim, sou eu. Mais um caçador, qual o seu nome? Pergunta o contrante ao olhar a petição na mão do anão.
- Thain. Diz seco o anão.
- Então, como estava explicando para o cavaleiro, Dumhell?
- Dernhelm. Afirma o caçador.
- Como ia dizendo, fui eu que postei essa petição, mas não tenho dinheiro para pagar dois caçadores, só um. Não me oponho em dividir a recompensa entre vocês, o que acham?
- É sempre bom ter caçadores experientes, quanto tempo você caça? Pergunta Dernhelm para o anão.
- A muito tempo. Responde sarcasticamente o anão. Provocando dúvidas ao caçador de Rohan, mas sem querer causar problemas pergunta:
- Podemos dividir a recompensa, então?
- Podemos sim, mas qual o valor da recompensa. Olha o anão para cima desafiadoramente.
- Vamos primeiro caçar, depois resolvemos isso! Responde enfaticamente.
- Não se preocupem, a recompensa é 300 Tharni (peças de prata), 150 para cada, aceitam?
Concorda o resoluto anão com um "aceito".
- É sempre bom ter a companhia de um respeitavel... uh... mestre da caça. Afirma sem muita convicção Dernhelm.
- Ótimo! Então vou explica o que acontece. Eu possuo umas caravanas que trazem cereais e outras mercadorias de Rohan, mas a estrada, ao que parece está bloqueada por um grupo de lobo! Não são lobos comuns, são estranhos e malignos. E no último mês já perdi 2 caravanas. Os ataques são sempre nas bordas da floresta de Druadan. Geralmente por volta do amanhecer. Mas dentre esses lobos há um em especial, que é chamado de Thextera. Os relatos dizem que possui uma personalidade quase humana, como se lesse os movimentos das pessoas.


Thain - William

- Vivo ou morto? Pergunta o anão.
- Morto. A recompensa só será dada com a cabeça dele.
- Tem prazo para essa missão? Questiona o Caçador
- Não tem prazo, levem o tempo que precisarem, desde que eliminem essas feras que atacam minhas caravanas. São capazes?
- Só saberemos durante a missão. Afirma Dernhelm com confiança.
Juntando as mãos Duilin diz:
- Que as bençãos dos Valar caiam sobre suas armas. O contrante se vira e volta para sua tenda.
- Saudações mestre anão, sou Dernhelm, e tu, quem és?
- Thain, Iron Punch. Após um silêncio constrangedor o anão repete seu nome, como se o humano não tivesse entendido pela primeira vez.
Diante da resposta pensa Dernhelm, "Só isso a apresentação do anão, não se socializa ou conversa". Ele se vira e segue para os estábulos, pensando "a socialização dele é uma merda!". Atrás dele Thain tentando calcular qual a distância de Minas Tirith para a floresta. Quando fala:
- Eu sou de Minoria. Diz o anão para Dernhelm com riso de satisfação. - Uma vila nas Colinas de Ferro.
- Longa viagem até aqui, o que te trazes?
- Eu estava viajando com amigos meus, mas acabei por decidir ficar. Essa pergunta faz o anão recordar dos antigos mapas que estudou, sempre contando com as palmas das mãos a distânia de sua terra até Gondor. Um palmo. A distância é de um palmo.
- Trouxe alguma montaria? Indaga Dernhelm, imaginando algum pônei treinado por anões.
- Não.
- Você se incomoda de eu ir montando?
- Não, não tem problema. Responde o anão sem se incomodar mesmo.
Após pagar o estalajadeiro, Dernhelm monta seu cavalo no lado de fora do estabulo. Voltando-se para o anão:
- Está pronto? Precisa comprar algo?
- Estou.
- Aceita uma carona, Mestre Anão? Olhando para cima, Thain contrariado aceita cavalgar no lombo de um cavalo.
Seguindo pela Grande estrada, os dois se distanciam cada vez mais da cidade branca. Antes do ocaso, os dois chegam as bordas da floreta. Diminuem o número de pessoas que seguem pela estrada. Deixando somente os mais capazes para enfrentar a estrada a noite. O temor do perigo só aumenta, pois é notório a existência de bárbaros nestas florestas e bandidos na estrada. Dernhelm pergunta:
- Vamos entrar na floresta nessa noite?
- Continuemos caminhando pela estrada. O que você acha? Ou entrar na floreta mais lá na frente ou aqui mesmo?


Dernhelm - Thiago
 Dernhelm procura ao redor da estrada alguma construção, pois pingos de chuva começam a cair. O caçador se vira para o anão.
- Noite, chuva, floresta. Vamos acampar em algum lugar perto da estrada. Sem equipamentos, só armas, o anão fica contrariado com a idéia. De modo que voltam para cidade para comprar os equipamentos necessários. Já que o anão deixou seu dinheiro na escrivania do seu quarto, por volta de 100 P.O.
Depois de uma noite de sono, e uma bela manhã de sol, os aventureiros voltam para estrada, abastecidos com: Tenda, rações, saco de dormir e roupas de frio e uma picareta de minas e mulheres.

1. William falou no teste de blefe.

Um comentário:

  1. Muito legal manolo, sem dúvidas estou ansioso pela continuação mesmo sabendo!!!

    Saudações Mouro, que o pergaminho lhe seja sempre um amigo fiel!

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