Hospital Nossa Senhora do Rosário
🏥 Hospital Nossa Senhora do Rosário
Pavilhões Dr. Cynval de Carvalho e Dr. Sebastião Curado
(Domínio humano — influência indireta de Santa Dica)
“Aqui o sangue é oração, e a dor é caminho da fé.”
Situado em frente à Câmara Municipal de Pirenópolis, o Hospital Nossa Senhora do Rosário é um conjunto antigo de dois casarões coloniais ligados por uma passagem coberta de telhas. Ao fundo, um prédio de serviços se esconde entre árvores e um terreno que desce até o Rio das Almas, por onde muitos pacientes “curados” desapareceram.
O lugar é o epicentro da epidemia de fé, onde os pacientes tratados com o “milagre” de Santa Dica — o sangue misturado à Vitae — começaram a apresentar sintomas violentos e místicos.
Médicos, monges e enfermeiras convivem entre a piedade e o desespero, sem perceber (ou fingindo não perceber) o mal que cresce nas sombras do hospital.
🩸 PAVILHÃO DR. CYNVAL DE CARVALHO
(Ala médica e capela interna)
A fachada azul descascada e o letreiro verde se destacam sob a luz amarelada do poste. É a ala mais antiga, onde o cheiro de incenso se mistura ao éter e ao suor. O pátio central abriga enfermos em macas, freiras costurando lençóis e fiéis ajoelhados à espera de bênçãos.
Funções: Consultórios, Capela do Rosário, Ala de Observação e Administração.
Clima: Silêncio forçado, fé fanática e murmúrios de orações durante a madrugada.
✝️ Personagens Principais
Padre Demétrio (Diretor do Hospital)
Idoso, de olhar bondoso e voz trêmula, ainda com resquícios da antiga autoridade. Sofre lapsos de memória, confunde nomes e horários, mas acredita piamente que o hospital é obra de Deus.
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Fé Verdadeira: sua presença causa desconforto sobrenatural a vampiros.
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Relação: confia cegamente na Freira Margot, a quem chama de “filha fiel da Santa”.
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Cena-chave: rezando sozinho na capela, cercado por vultos que ele não vê.
Freira Margot (Enfermeira-Chefe)
Mulher de meia-idade, semblante sereno e olhar frio. Trabalha no turno noturno, onde administra o hospital “em silêncio e oração”.
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Segredo: é devota de Santa Dica, e introduziu rituais Lasombra no hospital.
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Dicas de investigação:
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📜 Carta cifrada com selo do Sabbat (em sua sala).
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Ninguém lembra quando ou como ela chegou ao hospital.
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Falas marcantes:
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“As doenças servem a um propósito maior.”
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“A cura vem pelo sangue, como nos tempos de Abraão.”
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💉 PAVILHÃO DR. SEBASTIÃO CURADO
(Ala de internação e laboratório)
Ambiente úmido, paredes de cal esfarelando e janelas largas. As camas de ferro abrigam os chamados “Curados”, pacientes que cantam salmos em uníssono e dormem apenas durante o dia.
O pavilhão é o coração da epidemia — e ninguém quer admitir isso.
Funções: Enfermarias, Laboratório de Botica, Sala dos Médicos e Cozinha.
Clima: abafado, tenso e cheirando a remédios, suor e sangue velho.
⚕️ Equipe Médica e Enfermeiros
Irmão Gilberto (Boticário e Médico)
Homem abatido, de mãos trêmulas e hálito alcoólico. Vive atormentado por um erro médico que matou um paciente.
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Segredo: viciado em álcool; matou o jovem Theo por erro de dosagem.
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Objetos: carta de confissão inacabada em sua mesa.
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Relação: protetor de Freira Nicolette, a única que o compreende.
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Cena: é visto bebendo escondido no depósito às 3h da madrugada.
Freira Nicolette (Enfermeira)
Jovem de aparência culta e mãos firmes. Trabalha com precisão cirúrgica e fala com a calma de quem já viu demais.
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Segredo: era médica antes de ingressar no convento.
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Dica: carta de reclamação por ter prescrito remédios sem autorização.
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Relação: leal a Gilberto, sente culpa e medo.
Irmão Elias (Cirurgião)
Homem de fé e loucura, enxerga no sangue o “sopro divino”.
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Segredo: todas as suas amputações resultaram em mortes.
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Conexão sobrenatural: usa Vitae diluída em fórmulas de cicatrização.
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Dica: receita antiga com símbolos de Lagolândia.
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Fala: “O sangue canta antes da cura.”
Irmão Nicodemos (Médico)
Reservado e metódico, vive entre o dever e o medo.
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Segredo: protege Elias e acoberta seus erros cirúrgicos.
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Dica: carta do diretor reclamando de seu comportamento.
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Fala: “Nem todos aqui são o que dizem ser — e eu falo de mim também.”
Freira Aimée (Enfermeira)
Sensível, cansada, e com crises de fé. Trabalha na enfermaria e na cozinha.
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Segredo: cobra dos pacientes mais ricos por acomodações melhores.
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Relação: mantém romance secreto com Milton, o guarda.
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Cena: observada beijando-o na cozinha às 23h.
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Dica: anel com nome “Aimée” encontrado na bolsa de Milton.
Milton (Guarda Noturno)
Homem forte e desconfiado.
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Segredo: extorque pacientes e se envolve com Aimée.
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Conexão sobrenatural: foi atacado por um ghoul inconsciente perto do rio.
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Fala: “Aqui dentro é pior que o inferno, padre.”
🛏️ Pacientes da Ala dos Curados
Simon (Paciente)
Jovem pálido com ferimento no braço — destino de amputação.
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Segredo: é um carniçal inconsciente; delira orações à Santa Dica.
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Conexão sobrenatural: recebe doses de Vitae de Margot.
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Dica: sangue reage à luz; os batimentos cessam, mas o corpo fala.
Tobias (Paciente Insone)
Homem franzino, olhos fundos.
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Segredo: deseja receber o “milagre” que vê nos outros.
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Fala: “Eles dormem, mas eu escuto quando o anjo desce.”
Gideão (Pedreiro ferido)
Homem rude, braço enfaixado.
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Segredo: mente sobre um acidente — o ferimento foi ritualístico.
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Fala: “A irmã Margot me deu um livro… e desde então sonho com sangue.”
Richard (Paciente jovem)
Filho de Beatrice; tentou suicídio cortando o pescoço.
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Fala: sussurra, não consegue falar; evita luzes fortes.
Beatrice de Veiga (Acompanhante)
Madame elegante, esposa de vereador.
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Segredo: esconde a tentativa de suicídio do filho.
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Dica: carta de Richard pedindo perdão; encontrada sob o travesseiro.
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Fala: “Este hospital fede à piedade — e a podridão da alma humana.”
🏚️ PRÉDIO DOS FUNDOS
(Administração, serviços e garagem)
Construção baixa, ligada aos pavilhões por um corredor coberto. Abriga a área administrativa, lavanderia, cozinha e garagem da ambulância. É o coração logístico — e o ponto de maior circulação à noite.
Funções: Arquivo, Farmácia, Copa, Lavanderia, Alojamento e Garagem.
Clima: abafado e cheirando a diesel, com ruído constante do gerador.
🚐 Maurice de Borgonha (Motorista da Ambulância)
Antigo coveiro da cidade, agora responsável pelo transporte de pacientes e corpos.
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Segredo: enterra corpos no terreno dos fundos em vez de encaminhar a Anápolis.
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Fala: “O hospital fala comigo. Às vezes pede silêncio, às vezes pede carne.”
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Dica: marcas de lama e sangue seco na ambulância.
🌕 Atmosfera Geral
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De dia: cheiro de remédio e café; murmúrio de orações; lençóis brancos pendurados nas varandas.
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À noite: luz fraca, sons de cânticos longínquos e vultos na passagem coberta.
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Sensação constante: o hospital inteiro parece respirar.
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